segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Só escreve-se bem com a alma perturbada,
não de todo mal e, sem saber, de todo o bem.
E a sua maior qualidade é estar comigo, pois de nada servem as outras... tantas que nem conto aos números, exponencialmente numeradas graças a maior de todas... estar comigo.
Mas é uma grande mentira, tantos e outros e o púbico saberá que não é a maior de todas, pois valem mais sem esta. Valem para todos e não só para mim.
E eu sou contada aos números, uma só e os outros sequer são contados, pois são todos... o que já é o suficiente para derrubar a maior de todas.
Pois que venham os próximos, a minha vez já tive! E tive antes e lapidei para a sequência... assim como o fez comigo.
Sortudos, não sabem o que perdem... e se soubessem, miseráveis! Eu sei.

Rosas

Se me permite,
                       a última,
                                    pois era a que faltava.
E se te oferecesse todas as outras anteriores de uma só vez, não haveria de ter tanta graça quanto cada solitária, uma por vez, vez por uma escolhida minunciosamente, em um ritual de carinho e satisfação... procurando a mais perfeita, a tal da merecedora.

Se faltava,
                a última,
                            pois é a que me permite.